Começou o desafio. Leia, fale e compartilhe
Continuamos o nosso desafio de aprender um pouco mais sobre a música brasileira em (ao menos) 60 documentários. Nesta semana temos mais um doc gringo que, confesso, não foi de tão fácil assimilação, principalmente pela falta de legendas (o idioma-base é o francês), que não encontrei na internet, o que resolveria o próximo problema: a captação de áudio bastante simples, fazendo com que nem todos os personagens fossem bem audíveis.

Mas, pesquisando um pouco na internet, descobri que existe uma versão em DVD do documentário, que provavelmente deve ter legendas. Como estamos falando de música brasileira, boa parte da conversa é em português, então não dá pra ficar tão perdido.

O ano é 1969, período de grandes transformações no mundo como um todo. Muitos artistas brasileiros estavam no exílio, como Gil e Caetano, homenageado por sua sorridente irmã, Bethânia, com "Baby". A cantora, aliás é mostrada na flor da idade, ao fim do tropicalismo, esbanjando talento e expressão em takes com sua banda e com um jovem Paulinho da Viola, uma verdadeira enciclopédia do samba, numa mesa de bar.

O filme é uma forma de mostrar a música brasileira que, conforme vimos no documentário anterior, havia conquistado os gringos com a bossa nova. O interesse por nossa musicalidade era considerável. Tente imaginar o quão cheio de mistérios e exotismos era o Brasil sem internet, sem acesso simples a viagens de avião e com uma imprensa engessada pela ditadura.

Por sinal, me veio à cabeça, mais uma vez, um fator importante na criação da nossa imagem lá fora: como o Rio de Janeiro sempre era retratado como "o Brasil", em sua orla, com as tão famosas belezas naturais, não é difícil entender o porquê de muita gente imaginar que aqui é uma grande selva, onde as pessoas andam por aí sempre sem camisa, quase nunca trabalhando. Sim, eu detesto estereótipos.

Logo no início temos o grande Pixinguinha e o jovem Baden Powell, que marca presença em todo o doc, dando verdadeiras aulas de contextualização da música carioca, inclusive situando-a no campo das religiões africanas e delimitando onde sofreu ou não influência do jazz americano. A questão das escolas de samba também é abordada, como algo que é feito do povo para o povo, como bem disse Paulinho da Viola, justificando todo o trabalho de preparo durante o ano para a apresentação do carnaval.

Temos aqui uma grande obra que provavelmente fez/fará muita gente da época chorar. Não se segue aqui um raciocínio linear, e sim recortes que dão uma pequena amostra do clima da época, claro que de forma bastante superficial, até mesmo porque o diretor Pierre Barouh veio até aqui justamente para conhecer um pouco mais sobre a música que o fascinava. Ao final temos o próprio cantando, junto a Baden Powell, o Samba da Bênção, com uma introdução falada, exaltando os grandes nomes do samba e sua versão francesa, Saravah, que dá nome ao filme.

Nesta versão de YouTube temos também a volta do Pierre ao Brasil, em 1996, acompanhado do diretor Walter Salles Jr., visitando mais artistas, como Adão Dãxalebaradã, grande compositor carioca, com profundo caráter crítico em suas obras, mostrado em situação de pobreza financeira, no morro do Cantagalo. Esta parte foi filmada com uma câmera HI 8 Sony e é apresentada como a primeira parte de outro documentário, "Rencontre à Canta Gallo", e traz até mesmo uma pequena participação do grande Sivuca. Me parece ser uma parte dos extras do DVD.




Esta foi mais uma grande experiência neste desafio de conhecer melhor a nossa música. Sinta-se à vontade para comentar, apontar erros, acertos ou adicionar informações que eu deixei passar. O importante é aprendermos juntos. Bom lembrar que você também pode escrever sua própria resenha e enviar para publicarmos. Claro que os devidos créditos serão dados. Nos vemos na semana que vem.

Próximo documentário: Cartola - Música Para os Olhos (assista e mande suas considerações até a próxima quinta).

Saiba mais sobre o Desafio, CLICANDO AQUI e lendo o episódio #00.


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