Estamos criando alguns cartazes virtuais sobre racismo. Não esse racismo que já virou clichê, aquela velha história dos brancos malvados contra os negros indefesos. Percebi que o buraco é mais embaixo. Percebi que praticamente não se fala nos chamados
índios, dos orientais, ou mesmo dos brancos. Na verdade são três rótulos extremamente simplistas para grupos complexíssimos, assim como os negros africanos são totalmente diferentes dos negros americanos, até mesmo no formato do crânio. Mas isso não vai ser aprofundado aqui. O fato é que não se luta por direitos iguais por aí. Cada "grupo"puxa sardinha para o seu lado. Dia desses vi no orkut uma comunidade chamada "Orgulho de ser branco". Na página inicial haviam dois tópicos com títulos parecidos como "nazistas", "racistas", etc. Seus conteúdos eram piores. Na descrição da comunidade havia, de forma clara, que aquela não era uma comunidade racista e que era contra qualquer tipo de discriminação.
Percebi que o termo
racismo, apesar de caduco(já que já foi mais do que provado que nao existe mais de uma raça entre os seres humanos) tornou-se sinônimo de
branco-opressor contra negro-vítima, o que só é verdade para os militantes. Na verdade é pura política mesmo. Bom, minha pele é considerada clara, mas sou tão afrodescendente quanto o Chuck Berry e tenho uma árvore genealógica pra provar. Como este é o país da liberdade de expressão estou fazendo, aos poucos, alguns cartazes expondo o meu ponto de vista, que é simples: Racismo não se combate com racismo. Uso esse termo defasado que já não significa mais o que propunha no início, como disse acima. Sou totalmente contra qualquer tipo de discriminação, humilhação, ou qualquer outro tipo de agressão com a tonalidade de pele como pretexto.
Aqui não é os EUA, onde se criou uma cultura de
bullying profundo que nunca vai mudar. Aqui nós somos mais respeitosos, mesmo entre os que não tiveram muita educação. Já que somos blueseiros, aquela cena de
A Encruzilhada onde o Robert Johnson chega à cena do pacto e uma garotinha que passa numa carroça o insulta sem ao menos conhecê-lo, e na frente dos próprios pais não é comum por aqui(e estou falando dos lugares mais pobres também). Qualquer pessoa que conheci levaria no mínimo uma bronca da mãe ao dizer "o que tá fazendo parado aí, otário?" pra um desconhecido na rua. Então, não tentem trazer pra cá aquele discurso extremamente preconceituoso e agressivo dos
rappers americanos(que vemos em filmes e em
stand ups). Nem todos os "brancos" batem nos outros com chicotes e nem todos os negros trabalham em plantações passando fome. Nem todo índio é canibal e nem todo "china" é desajeitado e lutador de karatê. Use sua cabeça, não se renda à fácil tentação de combater racismo com racismo.
Antes de me processar, entenda que isto é só a minha opinião e não quero ofender ninguém, afinal, sou só um "branquelo" que acha que toca blues.
Acima, os dois primeiros cartazes. Logo logo publicarei mais.
