Em seu quinto álbum, a cantora americana aposta em composições próprias e parcerias luxuosas
Patrícia Moreira
editora A TARDE
Ela é considerada a Billy Holiday do século 21, mas preferiu abrir mão da comparação para trilhar o próprio caminho. Madeleine Peiroux está de volta, dois anos depois do lançamento de Bare Bones(2009). E ela voltou mais experimental e madura. E isso pode ser conferido em Standing on the Rooftop, seu quinto álbum.
Sua voz percorre quinze faixas, onze delas com composições da própria artista. Impossível dizer qual a melhor. Todas são únicas. Produzido por Craig Street, que assina trabalhos de artistas como Norah Jones e Cassandra Wilson, o álbum tem como convidados o guitarrista Mark Ribot e o baixista Meshell Ndegeocello, além do baterista Charley Drayton, do tecladista John Kirby, do guitarrista Christopher Bruce e do lendário pianista de Nova Orleans Allen Toussaint.
O resultado deste conjunto são músicas com arranjos originais que vão beber na fonte dos ritmos tradicionais afroamericanos, como o folk, o jazz e o blues, com direito até a uma bossa nova, em Meet Me In Rio. A proposta era criar algo novo. Ela conseguiu. O que se tem ali são sonoridades suaves, em que voz e instrumentação se harmonizam para surpreender os ouvidos com delicadeza e estilo.
Eleita em 2007 Melhor Artista Internacional de Jazz pelo BBC Jazz Awards, a artista, que ganhou fama com o álbum Careless Love, de 2004, que lhe rendeu um disco de ouro, traz no novo CD, além das composições próprias, algumas parcerias que merecem registro.
PARCERIAS E REGRAVAÇÕES
Em Leaving Home Again e The Kind You Can't Afford, ela assina a música com o ex-Rolling Stone Bill Wyman. Os dois se conheceram em um festival de jazz em Nice. Ele foi assistir a BB King e, ao encontrar com Madeleine Peiroux, confessou ser seu fã. Daí para trabalharem juntos foi um passo curto.
Standing On The Rooftop também traz uma adaptação toda especial para Love in Vain, de Robert Johnson, artista que ela aprendeu a gostar na infância. Interpretar Johnson foi para Peiroux um desafio especial. Também merecem destaque as regravações de Martha My Dear, dos Beatles, e I Threw It All Away, de Bob Dylan.
Madeleine, que já esteve no Brasil e por duas vezes participou do Programa do Jô, na Globo, não tem previsão de reaparecer por aqui. Ela inicia uma turnê nos Estados Unidos, em setembro, depois de se apresentar no Charlie Parker Jazz Fest de Nova york, em 28 deste mês. Mas em outubro ela será lembrada por aqui, quando será lançado o novo CD de Pierre Aderne, Água Doce, para quem Madeleine fez a versão de Só Pra Ver Ela Passar, homenagem aos 50 anos de Garota de Ipanema.
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Standing on the Rooftop / Madeleine Peiroux
Universal Music / R$29,90
editora A TARDE
Ela é considerada a Billy Holiday do século 21, mas preferiu abrir mão da comparação para trilhar o próprio caminho. Madeleine Peiroux está de volta, dois anos depois do lançamento de Bare Bones(2009). E ela voltou mais experimental e madura. E isso pode ser conferido em Standing on the Rooftop, seu quinto álbum.
Sua voz percorre quinze faixas, onze delas com composições da própria artista. Impossível dizer qual a melhor. Todas são únicas. Produzido por Craig Street, que assina trabalhos de artistas como Norah Jones e Cassandra Wilson, o álbum tem como convidados o guitarrista Mark Ribot e o baixista Meshell Ndegeocello, além do baterista Charley Drayton, do tecladista John Kirby, do guitarrista Christopher Bruce e do lendário pianista de Nova Orleans Allen Toussaint.
O resultado deste conjunto são músicas com arranjos originais que vão beber na fonte dos ritmos tradicionais afroamericanos, como o folk, o jazz e o blues, com direito até a uma bossa nova, em Meet Me In Rio. A proposta era criar algo novo. Ela conseguiu. O que se tem ali são sonoridades suaves, em que voz e instrumentação se harmonizam para surpreender os ouvidos com delicadeza e estilo.
Eleita em 2007 Melhor Artista Internacional de Jazz pelo BBC Jazz Awards, a artista, que ganhou fama com o álbum Careless Love, de 2004, que lhe rendeu um disco de ouro, traz no novo CD, além das composições próprias, algumas parcerias que merecem registro.
PARCERIAS E REGRAVAÇÕES
Em Leaving Home Again e The Kind You Can't Afford, ela assina a música com o ex-Rolling Stone Bill Wyman. Os dois se conheceram em um festival de jazz em Nice. Ele foi assistir a BB King e, ao encontrar com Madeleine Peiroux, confessou ser seu fã. Daí para trabalharem juntos foi um passo curto.
Standing On The Rooftop também traz uma adaptação toda especial para Love in Vain, de Robert Johnson, artista que ela aprendeu a gostar na infância. Interpretar Johnson foi para Peiroux um desafio especial. Também merecem destaque as regravações de Martha My Dear, dos Beatles, e I Threw It All Away, de Bob Dylan.
Madeleine, que já esteve no Brasil e por duas vezes participou do Programa do Jô, na Globo, não tem previsão de reaparecer por aqui. Ela inicia uma turnê nos Estados Unidos, em setembro, depois de se apresentar no Charlie Parker Jazz Fest de Nova york, em 28 deste mês. Mas em outubro ela será lembrada por aqui, quando será lançado o novo CD de Pierre Aderne, Água Doce, para quem Madeleine fez a versão de Só Pra Ver Ela Passar, homenagem aos 50 anos de Garota de Ipanema.
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Standing on the Rooftop / Madeleine Peiroux
Universal Music / R$29,90
Fonte: MOREIRA, Patrícia. A Face Autoral de Madeleine. A Tarde, Salvador, 02/08/2011, Caderno 2 mais, p. 1
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