B.B. King esteve no Brasil para mais uma turnê, esta, intitulada “The Blues Is My Life”. Foram cinco apresentações no País e em seu segundo dia na Via Funchal, em São Paulo no último sábado (06) a expectativa era grande. Enquanto o público chegava e se acomodava em seus assentos, a “musa” Lucille - nome da guitarra do Rei do blues - já se exibia no palco, atraindo os fãs ansiosos que a fotografaram com seus celulares, como se não houvesse amanhã.
Marcado para as 22h00, o show teve início com quase vinte minutos de atraso. A casa estava lotada quando a banda de Mr. King começou o usual número de introdução, em que esses espetaculares músicos que o acompanham têm seus merecidos destaques. Após uma longa jam, com diversos solos do naipe de metais, o público estava mais que aquecido para receber o mestre dos mestres.
B.B. está com 87 anos e já há tempos se apresenta sentadinho no meio palco. Quando ele entra, há muita emoção. A plateia de pé aplaudiu e berrou para o ídolo, que agradeceu e posicionou sua querida Lucille no colo. A música rolou da forma mais natural quanto um blues deve ser e, entre passeios pela escala da guitarra, The King apresentou cada integrante de sua banda. O destaque foi para o sax tenor Walter Riley, seu sobrinho. O mestre pediu que o público ensinasse a palavra “sobrinho”, e quando finalmente a reproduziu, ganhou muitos aplausos. Ainda em português, ele agradeceu com um simpático “obrigado”.
“I Need You So” marcou a primeira música tocada e cantada pelo Rei do Blues, sempre bem humorado e elegante. E aquele timbre de sua guitarra, que arrepia até de lembrar, brilhou em “Everyday I Have The Blues”. B.B. brincou com licks em respostas à bateria e tomou seu tempo em todas as canções executadas. “Key To The Highway” foi outro clássico com longa duração e direito a beijos ao microfone, enquanto cantava “give me one more kiss, darling”.
B.B. King, lenda viva deste estilo tão importante da música, que influenciou o rock’n’roll e é tão rico, apesar de sua simplicidade, puxou palmas da plateia em diversos momentos, trazendo cada um daqueles fãs para sua música. Em “Rock Me Baby”, ele deu aquela “reboladinha” que sempre arranca gritos e risadas.
“Eu te amo B.B. King”, gritou um fã, que recebeu a honra de uma resposta: “Eu te amo também”. Logo, “When Love Comes To Town” presenteia o público paulista. Na sequência, um dos mais lindos momentos aconteceu com “You Are My Sunshine”, cantada em coro e chamou atenção do ídolo, que puxou e jogou os versos para o público várias vezes.
Para encerrar uma adorável noite quente, de blues e emoção, dois outros clássicos foram tocados. “Thrill Is Gone” e o strandard gospel “When The Saints Go Marching In” - também cantado em uníssono pelos blues lovers. Com as luzes já acesas, o público se aproximou ao palco, onde B.B. King distribuiu autógrafos e palhetas antes de partir. E deixou todos com a melhor sensação de ter presenciado um momento histórico.
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