Aprenda como e quando usar a 4ª posição.

Nesta edição, a aula é com Leandro Ferrari, Endorsee Bends que busca uma linguagem mais contemporânea para gaita, fazendo uso de pedais de efeitos em suas interpretações.

“Quando uso pedais uma das minhas maiores necessidades é ter um som ”limpo” com notas longas. Por isso a 4ª POSIÇÃO me traz uma sonoridade interessante. Normalmente os gaitistas procuram a 3ª posição para executar músicas menores. Mas muitas vezes eu opto pela 4ª. A escala menor natural me proporciona belas melodias sem que eu tenha que fabricar muitas notas.

Escala Menor (Escalas Relativas)

A escala menor é uma escala diatônica, que tem dois semitons entre os graus II- III e V – VI. A principal característica é o intervalo de terça menor entre o I – III graus.

SEQÜÊNCIA DE TONS (ESTRUTURA): T- ST - T - T - ST - T - T

FORMAÇÃO: T – 2M – 3m – 4J – 5J – 6m – 7m

APLICAÇÃO: Acorde Menor e Acorde Menor c/ 7m

Comparando as escalas:

Menor natural: C D Eb F G Ab Bb C (T 2 b3 4 5 b6 b7 8)

Maior: C D E F G A B C (T 2 3 4 5 6 7 8)

A diferença entre a escala maior e a menor natural são os intervalos de terça, sexta e sétima. Na escala menor todos esses intervalos serão menores, e na escala maior eles serão maiores.

Escalas Relativas (4ª posição): As escalas maior e menor natural são formadas pelas mesmas notas, mas com tônicas diferentes. Para achar a escala menor relativa da maior, conte seis notas acima a partir da tônica ou três abaixo. Se a escala tiver algum acidente, este deve ser mantido.

Ex: “C” maior tem as mesmas notas que “A” menor natural. Portanto ao tocar “A” menor natural em uma harmônica “C” maior você tocará sobre a 4ª posição (VI grau da escala de dó maior).

Quadro de intervalos sobre o VI grau (4ª posição)

Uma nota musical depende de um contexto para entendermos sua função. A melhor forma de compreender uma harmônica diatônica é memorizando seus intervalos.

Desta forma não é necessário decorar todas as notas nas 12 harmônicas e sim os intervalos que correspondem a cada grau da escala.

House of the Rising Sun (4ª posição)

Execute esta canção na velocidade 102 (bpm), mas só use o metrônomo quando se sentir seguro.
Toque uma oitava acima e ligue as notas sempre que possível. Observe sua respiração.

Improvisação

Como você pode notar as escalas de “Dó Maior” e “Lá menor” tem as mesmas notas, começadas em notas diferentes. Isto possibilita o uso da escala de “Dó Maior” nos dois acordes, Am e C. Exercite as escalas em toda extensão da harmônica. É importante saber que se você tocar as notas subindo e descendo o solo vai soar como um exercício. Treine então, após o estudo das escalas, idéias rítmicas e repetições de notas criando assim uma melodia.

Exercício: Crie uma melodia usando o nome das seguintes notas musicais (ex: dó, ré, mi, sol e lá) e depois repita a mesma melodia sem nome de notas (use a vogal “U” por exemplo). Faça o mesmo processo ao contrário. Cante uma melodia sem nome de notas musicais e depois cante a mesmo melodia com o nome das notas.

Riffs diatônicos (4ª posição)

Os riffs abaixo devem ser executados em todas as oitavas possíveis. Utilize os bends quando necessário e como notas de passagem. Modifique e crie novos riffs a partir destas estruturas.

Harmonize os riffs usando a progressão IIm7(b5) – V7 – Im7. Quando se tem um acorde dominante com resolução no primeiro grau menor, o segundo grau é um acorde ½ diminuto.

No exemplo abaixo para esta canção (Em) e eu usei uma harmônica diatônica Juke em (G - 4ª posição).

Para criar novas texturas usei um Delay e um Wammy II.
Estas informações e todo meu curso de gaita estão disponíveis em meu blog:

www.leandroferrari.blogspot.com